sábado, 10 de maio de 2008

A Metafísica da Punheta

· Não apenas um remédio
· contra a falta de buceta,
· nem tampouco contra o tédio
· quando a coisa fica preta.
· É preciso ter em mente
· que a bem batida punheta
· é um ato transcendente,
· uma fuga do planeta.
· Um orgasmo evanescente
· que nos liberta do mal
· de sermos, tão somente,
· um homem com um pau.
· A punheta, de repente,
· nos faz um ser caralhal,
· que, num dia intermitente,
· num dia tão normal,
· faz sozinho, simplesmente,
· um completo bacanal,
· e come, impunemente,
· uma linda atriz global,
· ao mesmo tempo em que sente,
· rastejante e sensual,
· da Feiticeira a língua quente
· roçando o escrotal.
· No dia em que eu, doente,
· por medo ou por vergonha,
· deixar, subitamente,
· de bater a minha bronha,
· serei, inegavelmente,
· um tremendo morde-fronha.
· Que o Deus bondoso me poupe
· de uma vida tão medonha.

Fonte: DesciCLÔpédia

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