quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sua majestade, o ônibus...

O ônibus é o tanque de guerra brasileiro. Destrói postes, árvores, muros e trens: só tem medo de outro ônibus.
Um ônibus equilibrado não faz uma viagem por menos de quatro batidas: duas de propósito e duas sem querer.
A maioria dos ônibus tem freio, quem não tem é o motorista. A prova é que quando ônibus bate, o motorista sai correndo.
Ônibus que se preza não espera o passageiro ir para o ponto. Apanha-o dentro de casa.
Para o ônibus não existe linha curva: por isso passa por cima das calçadas.
O ônibus não faz quilômetros por hora: faz passageiros por hora.
A indústria do ônibus é paradoxal: algumas linhas começam com um e acabam com trezentos, outras começam com trezentos e acabam com um.
O bom motorista não usa porte de arma. Usa “porte de ônibus”.
Motorista de ônibus quando dorme não conta carneirinhos: conta fusquinhas.
Para se ter uma idéia de velocidade do ônibus, basta dizer que sempre que passa um, vem outro atrás. É que o de trás é o mesmo - que já foi e voltou.

Trecho do livro “O homem ao cubo”, de Leon Eliachar
 Esta é minha humilde homenagem...
*A nós, busólogos, seguidores deste estranho e divertido hobby.
 "Uns gostam de carros, outros gostam de motos, outro mais ortodoxos -e filhos da puta- gostam de armas -e usa-las-. Eu gosto de ônibus!"
*Ao saudoso Leon Eliachar, uma de minhas inspirações para o humor. Não sei se estou fazendo o certo, mas estou fazendo o meu melhor e buscando melhorar ainda mais.

Termino esta postagem com uma frase dele no livro "O homem ao quadrado"... 
"Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer."

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