O ônibus é o tanque de guerra
brasileiro. Destrói postes, árvores, muros e trens: só tem medo de outro
ônibus.
Um ônibus equilibrado não faz uma
viagem por menos de quatro batidas: duas de propósito e duas sem querer.
A maioria dos ônibus tem freio,
quem não tem é o motorista. A prova é que quando ônibus bate, o motorista sai correndo.
Ônibus que se preza não espera o
passageiro ir para o ponto. Apanha-o dentro de casa.
Para o ônibus não existe linha
curva: por isso passa por cima das calçadas.
O ônibus não faz quilômetros por
hora: faz passageiros por hora.
A indústria do ônibus é paradoxal:
algumas linhas começam com um e acabam com trezentos, outras começam com trezentos
e acabam com um.
O bom motorista não usa porte de
arma. Usa “porte de ônibus”.
Motorista de ônibus quando dorme
não conta carneirinhos: conta fusquinhas.
Para se ter uma idéia de velocidade
do ônibus, basta dizer que sempre que passa um, vem outro atrás. É que o de
trás é o mesmo - que já foi e voltou.
Trecho do livro “O homem ao cubo”, de Leon Eliachar
Esta é minha humilde homenagem...
*A nós, busólogos, seguidores deste estranho e divertido hobby.
"Uns gostam de carros, outros gostam de motos, outro mais ortodoxos -e filhos da puta- gostam de armas -e usa-las-. Eu gosto de ônibus!"
*Ao saudoso Leon Eliachar, uma de minhas inspirações para o humor. Não sei se estou fazendo o certo, mas estou fazendo o meu melhor e buscando melhorar ainda mais.
Termino esta postagem com uma frase dele no livro "O homem ao quadrado"...
"Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer."
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